
Com quase 20 anos dedicados à música independente brasileira, é tentador chamar a cantora e compositora paulistana Stela Campos de veterana. Líder da guitar band Lara Hanouska, também participou do projeto Funziona Senza Vapore ao lado de membros do Fellini. Em 1994 mudou-se para Recife e tornou-se figura importante na cena manguebit que tomava conta da cultura da cidade. Ainda assim, a carreira solo de Stela é recente – começou em 1999 com o disco “Céu de brigadeiro” – e chega ao quarto álbum, o recém lançado “Mustang Bar”, soando mais roqueira e experimental do que nunca. “É um desejo antigo fazer um disco roqueiro, psicodélico, que soe como uma banda ao vivo” explica a cantora. Diferente dos três primeiros álbuns, que soam como artesanato pop, muitas vezes carregados com efeitos eletrônicos, “Mustang Bar” é cru e direto: “Nós gravamos em poucas semanas, acho que todas as sessões de gravação somaram 48 horas. É o primeiro disco meu que não tem nenhuma participação especial”. A diversidade de influências é ampla, de Velvet Underground ao Tropicalismo dos Mutantes, passando pelo kraut rock alemão dos anos 70, chanson francesa e o pós-punk mais experimental. Outra influência importante pode ser a própria maternidade: “Acho que ser mãe pode ter me deixado mais animada, e isso refletiu no disco”, pondera Stela, que assume a inspiração direta do filho Vítor em pelo menos música, “Lígia Hello Kitty”. As composições do disco são divididas com o marido Luciano Buarque – “Ele não gosta muito de aparecer, mas é um trabalho em conjunto, no final das contas”, explica a cantora, que diz se concentrar mais na parte musical enquanto Luciano trabalha boa parte das letras, em inglês e português.
Ao vivo
Outro objetivo atingido com o álbum é claro: “Mustang bar” é quase como um show ao vivo da do grupo que acompanha Stela. Clayton Martin e Missionário José, os produtores do disco, não se conheciam antes das gravações, mas acabaram integrando a mesma banda. Ao vivo, soam mais pesados e quase psicodélicos – “Eu gosto de fazer show barulhento”, admite a cantora. Paralelamente ao álbum, que tem show de lançamento marcado para o dia 6 de junho em São Paulo, no Espaço +Soma (Rua Fidalga, 98), Stela deve continuar lançando sua série de EPs virtuais que começou em 2008 com um conjunto de covers do compositor norte-americano Daniel Johnston. “Eu gosto do disco físico, do álbum pensado, com músicas escolhidas a dedo, mas é legal também ouvir esses bônus”, explica Stela. “Acabei de comprar uma reedição de um disco do Beck que vem com 18 faixas extras! Eu gosto disso nos meus artistas favoritos e quero repetir – e o melhor meio é on-line”. “Brand new robots” é o nome do mais recente desses EPs virtuais. Com a faixa-título retirada do novo álbum, o EP já pode ser baixado aqui e é um bom aperitivo para quem quiser ter uma ideia do que vai encontrar dentro do “Mustang Bar”.
Ao vivo
Outro objetivo atingido com o álbum é claro: “Mustang bar” é quase como um show ao vivo da do grupo que acompanha Stela. Clayton Martin e Missionário José, os produtores do disco, não se conheciam antes das gravações, mas acabaram integrando a mesma banda. Ao vivo, soam mais pesados e quase psicodélicos – “Eu gosto de fazer show barulhento”, admite a cantora. Paralelamente ao álbum, que tem show de lançamento marcado para o dia 6 de junho em São Paulo, no Espaço +Soma (Rua Fidalga, 98), Stela deve continuar lançando sua série de EPs virtuais que começou em 2008 com um conjunto de covers do compositor norte-americano Daniel Johnston. “Eu gosto do disco físico, do álbum pensado, com músicas escolhidas a dedo, mas é legal também ouvir esses bônus”, explica Stela. “Acabei de comprar uma reedição de um disco do Beck que vem com 18 faixas extras! Eu gosto disso nos meus artistas favoritos e quero repetir – e o melhor meio é on-line”. “Brand new robots” é o nome do mais recente desses EPs virtuais. Com a faixa-título retirada do novo álbum, o EP já pode ser baixado aqui e é um bom aperitivo para quem quiser ter uma ideia do que vai encontrar dentro do “Mustang Bar”.
Amauri Stamboroski Jr. Do G1, em São Paulo
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