Estreia no dia 30 documentário que conta histórias do apresentador.
Até morrer, em 1988, ele foi a figura mais irreverente da TV brasileira.
Estreia em circuito nacional, na próxima sexta-feira (30), um documentário que conta histórias de Chacrinha, e de gente que dividiu o palco com ele. O filme aborda principalmente a primeira fase do apresentador, no Rio, mas na virada dos anos 70 para os 80, ele trabalhou em São Paulo, na TV Bandeirantes.
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Antes de tocar a buzina mais famosa do Brasil, e de usar óculos de gatinha, o pernambucano José Abelardo Barbosa de Medeiros estudou medicina. Mas era um comunicador nato. E, nos anos 40, virou apresentador de rádio no Rio. Estreou na TV Tupi, na década de 50. Até morrer, em 1988, foi a figura mais irreverente da TV brasileira.
Para uma certa geração de paulistanos, o pessoal que passou dos 40, tem uma rua que é sinônimo de Chacrinha, a Avenida Brigadeiro Luiz Antonio.
Ali Chacrinha, às terças-feiras, fazia ao vivo a Buzina do Chacrinha, e às quartas gravava a Discoteca do Chacrinha. A Brigadeiro ficava lotada, literalmente forrada com milhares de adolescentes que vinham participar da plateia. A razão desse entusiasmo todo é que havia o carisma do velho guerreiro, mas, acima de tudo, estavam as chacretes.
O Fantástico reuniu as ex-chacretes que trabalharam com o Chacrinha em São Paulo e depois quando ele foi para o Rio: Aurea Figueiredo, Estrela Dalva, Suely Pingo de Ouro, Daisy Cristal e Rita Cadillac. A chefe era Dalva.
Dalva
Na fase paulista, o velho guerreiro queria dançarinas profissionais. Como Dalva, que tinha estudado balé no Teatro Municipal.
“Eu fui incumbida de tirar uma parte das antigas que realmente não dançavam e colocar bailarinas mesmo”, lembra Dalva. “Não consegui. Só a Aurea Figueiredo, que é clássica até hoje”, diz.
Rita Cadillac: 'passei no teste'
“Sem preconceito eu achei aquilo bonito, as meninas levantavam as pernas, tinha umas que giravam”, afirma Aurea. “Eu passei no teste, fui salva”, diz Rita Cadillac.“Eu fui participar de um concurso a melhor passista do Brasil. Ganhei o primeiro lugar, a partir dali fui convidada a ser chacrete”, conta Suely.
Daisy Cristal pagava a faculdade de psicologia entregando o troféu abacaxi. Muitas vezes Chacrinha nem esperava o calouro começar. “Tinha também aqueles que na hora que iam ser buzinados, eu ia dar o abacaxi, eles ficavam com tanta raiva que jogavam”, relembra.
Ao vivo, o velho guerreiro, apesar de toda a experiência, era bem estressado, e as chacretes suavam. “Aquele calor, o ar condicionado que não funcionava nunca ou se funcionava não dava conta”, diz Dalva.
Tinha até visita surpresa da censura, em plena ditadura militar. Em nome da moral. “Eu falava assim Rita, abaixa um pouquinho esse maiô, Rita”, diz Dalva.
Mas havia outras compensações. “Eu me emocionava com Tim Maia”. “Gostava muito quando ia o Guilherme Arantes, adorava”, diz Suely. “Gostava muito quando ia o Guilherme Arantes, adorava”, diz Suely.
Do G1, em São Paulo, com informações do Fantástico
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