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terça-feira, 14 de setembro de 2010

Faz Produções renova cast e planeja ampliar ramos de atuação


A Faz Produções passa por um momento de crescimento e mudanças. Após o Capital Inicial (artista exclusivo do escritório desde 1999) romper com a empresa no início do ano, novas estratégias estão sendo implementadas. A mais emblemática é o aumento do cast. Hoje, são quatro artistas contratados: Charlie Brown Jr., a banda de pop rock Ritz (produzida por André Jung), o grupo de hip hop Squat (com uma mulher no vocal, estilo Black Eyed Peas) e o cantor de jazz Rafael Zolko. "Quero ter uns oito nomes no cast. Não priorizarei nenhum estilo em especial. Apesar de ser muito ligado ao rock, darei preferência a artista de outras vertentes também", explica Haroldo Tzirulnik (foto), proprietário da empresa.

Estrela do cast, o Charlie Brown Jr. passará por uma fase de recuperação de imagem e prestígio. Em 2005, Chorão assumiu a direção empresarial da banda no lugar do manager Pipo. Mas com inexperiência e acúmulo de funções, o vocalista logo notou que não daria conta do recado e passou o comando para a Arsenal, depois Day1 e agora Faz. "Disse ao Chorão que retomarei a carreira da banda exatamente do ponto de rompimento entre ele e o Pipo. Esqueceremos esse período conturbado e colocaremos o Charlie Brown novamente em alta. Afinal, é uma banda com potencial para isso: são 26 hits na lista dos 'dez mais tocados' em 13 anos de carreira. Dá uma média de dois sucessos por ano. Que outra banda de rock atingiu essa marca no Brasil? Eu não conheço nenhuma", ressalta.

Contratado pela Sony, o Charlie Brown deve lançar pelo menos mais dois projetos pela companhia. No ano que vem, sairá o primeiro deles: um CD e DVD ao vivo que contará com participação especial de uma banda de rap paulistana que ainda não pôde ter seu nome divulgado. Com os artistas novatos que empresaria, Tzirulnik deve trabalhar nos moldes antigos. Isso quer dizer que ele não abrirá mão de lançamento de disco por grande gravadora e acordos que abranjam mais do que distribuição. "Nesse momento de crise do mercado fonográfico, gravadoras e escritórios precisam ser mais parceiros do que nunca. Do lado das discográficas, é essencial que elas invistam em divulgação e marketing. O escritório, por sua vez, deve reservar algumas datas de shows para as gravadoras", afirma.

E, como de praxe, o empresário continuará trabalhando com cachê "flexível". "Cachê fechado é algo que só existe no Brasil. Eu ajo de outra maneira. Quando vou negociar com um contratante, levo em consideração tamanho da casa, a localização, logística, o dia da semana e outros fatores antes de estipular o preço do show", explica. Seguindo essa linha de raciocínio, ele aproveita para fazer uma crítica ao valor dos cachês pagos a artistas internacionais e o preço elevado dos ingressos nesses espetáculos. "A disputa entre as produtoras está canibalizando o mercado de shows internacionais. O Brasil se tornou o Japão dos anos 1990 e tem hoje o ingresso mais caro do mundo nesse tipo de business", lamenta ele, que já trouxe shows de nomes estrangeiros como Yes, Morrissey, Lou Bega, Stratovarius, Gamma Ray e Christopher Cross.

Em suas novas empreitadas, Haroldo prepara-se para negociar artistas e atletas. Nesses casos, ele não agirá como empresário, mas sim como um profissional de marketing que ligará comercialmente marcas famosas a essas celebridades. "Também estou organizando eventos corporativos de grande porte. Mas engana-se quem pensa que sou um executivo apenas da área de eventos. Procuro investir em outros segmentos, como o ramo hoteleiro. 'There is no business like show business' (Não há negócio como o show business)", finaliza ele, citando frase célebre do músico norte-americano Cole Porter. (Por Helder Maldonado)

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