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terça-feira, 28 de abril de 2009

Cantora Maluca vira sensação em Nova York e ameaça roubar posto de M.I.A.


Artista de 27 anos com raízes dominicanas lança o single 'El tigeraso'.Música é produzida pelo americano Diplo, que lançou a cingalesa M.I.A..

O apelido dá pistas da personalidade da moça que tem raízes latinas, cresceu no Brooklyn, compõe desde pequena e confecciona as próprias roupas. Maluca, 27 anos, acaba de entrar para o time de queridinhas do produtor norte-americano Diplo. Da noite para o dia, ela virou sensação em Nova York, bombou no festival South by Southwest, no Texas, e ameaça roubar o posto de cantoras como M.I.A. e Santigold. Com um empurrãozinho de Diplo, M.I.A. ficou conhecida pelo “batidão” de seu álbum de estreia, “Arular”, em 2005. Não demorou muito e ela foi indicada ao Oscar pela canção “O... Saya”, do filme “Quem quer ser um milionário?” (2008). Já Santigold foi notícia nos veículos especializados no ano passado com seu primeiro trabalho, “Santogold”. Com Maluca – nascida Natalie Ann Yepez –, a receita não é diferente. Seu primeiro single, “El tigeraso”, está sendo lançado agora pela gravadora Mad Decent. A letra em espanhol ganha a companhia das bases terceiro-mundistas que Diplo tanto valoriza e da pegada sexy da cantora, que promete dar continuidade à parceria. “Conheci Diplo no bar 205, onde eu costumava trabalhar”, conta a moça, que ainda paga suas contas com o salário de bartender. “Era noite de karaokê e nós cantamos uma música dos Beastie Boys juntos. Mantivemos o contato, trocamos muitas ideias e ‘El tigeraso’ acabou nascendo. Espero que a gente faça outras coisas juntos.”
"Herança "
Para ela, “nada poderia ser mais dominicano” do que “El tigeraso”. “É um mambo violento, ou mambo de la calle”, explica. “Também estou trabalhando numa faixa de mambo gaga, que é outro estilo específico da República Dominicana.” No entanto, ela descreve seu som como “New York City”. “Tem tudo a ver com as coisas que eu cresci ouvindo, como house, breakbeats e ritmos latinos.” O gosto pela música é herança do pai, que atuou como DJ nos anos 70 e 80, e do padrasto, que tinha um piano em casa e comprou para ela seu primeiro violão. Mas tudo o que era ouvido na casa dos parentes também ficou registrado. “Sempre fui uma pessoa muito musical. Aprendi a tocar sozinha. Depois, crescendo em Nova York, ouvia de tudo nas ruas, nas bodegas, na casa dos meus tios e da minha avó Achita.” A alcunha, aliás, também é de família. Maluca vem de “mala”, que em espanhol significa “má”. “Meu tio Carlito me contou o significado em português quando eu era criança. Naquela época, eu vivia me metendo em encrenca. Ele me dizia: ‘Maluca, arrume-se porque nós vamos para Copacabana!’ Eu ficava toda animada, mas eu tinha seis anos e não sabia que aquilo nunca ia acontecer.”
Lígia Nogueira Do G1, em São Paulo

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